#013 💡– Manual de Sobrevivência Jurídica para 2025
5 direções pra quem quer não só sobreviver — mas se destacar | IArtista? Dos Simpsons à Turma da Mônica | Case Infraero e a Revolução nos Resultados | Saúde mental é problema de bilhões.
Bem-vinda(o) à edição #013 da Future Law 360º!
No mundo jurídico de 2025, sobreviver não basta — é preciso se destacar com estratégia, inteligência e saúde mental. Nesta edição #013, trazemos um manual de sobrevivência jurídica, um case poderoso da Infraero, reflexões sobre IA, estilo e direitos autorais, além de boas doses de cultura pop, como o filme Anatomia de uma Queda. E pra quem quer se atualizar de verdade, tem curso novo, leitura provocadora e artigo essencial sobre saúde mental no trabalho. Bora acelerar junta(o)s?
Aqui está o que preparamos para você hoje:
NESTA EDIÇÃO #013
💡 Manual de Sobrevivência Jurídica para 2025 - 5 direções pra quem atua no jurídico e quer não só sobreviver — mas se destacar.
🧠 IArtista? Dos Simpsons à Turma da Mônica - e os Direitos Autorais?
🏆 Case Premiado: Infraero e a Revolução nas Metas e Resultados
🏦 Termômetro do medo em Wall Street, Ghibli Effect, Juíz Inglês e Banco Master
📚 Law Reads: Livro Criatividade é comportamento, inovação é processo. 🎬 Edutainment: Anatomia de uma queda
💜 Oportunidades: Certificados em Metodologias Ágeis, Direito da Concorrência e Governança de Dados
📖 Artigo: Saúde mental no trabalho: um problema que custa bilhões.
Segunda-feira, 07/04/2025, 11:11
Editorial
💡 Manual de Sobrevivência Jurídica para 2025
Oi, pessoal! Senta aqui comigo rapidinho, pega um café (ou um chá com bolacha se o estômago estiver sensível) e vamos conversar sobre um assunto sério: como sobreviver a 2025 sem perder a cabeça, o CNPJ ou a alma? 😅
O ano mal começou e já tem sigla nova, inteligência artificial gerando cláusula, regulação pingando na tela e aquele velho pedido do time de negócios: “precisamos disso pra ontem, mas com segurança jurídica, claro”.
Então pensei: e se a gente escrevesse um manual de sobrevivência mesmo, com 5 direções pra quem atua no jurídico e quer não só sobreviver — mas se destacar?
Segue o fio:
1. O básico que virou avançado: Leitura de cenário
Aquele tempo em que a gente se escondia atrás da análise fria da cláusula já era. Hoje, o jurídico que fica só na retaguarda apaga incêndio todo dia.
Em 2025, quem entende o contexto, se antecipa ao risco e pensa junto com o negócio, vira aliado estratégico.
🔎 O que estudar: fundamentos de negócio, análise de risco, ESG, estratégia corporativa.
🚫 O que largar de mão: o “juridiquês” que ninguém entende.
🧠 Mentalidade: ser técnico, sim — mas também contextual.
2. Tech no radar: IA, automação e ferramentas jurídicas
Sim, a IA chegou. Não, ela não vai roubar seu emprego. Mas o seu cargo pode sim ir parar nas mãos de quem já tá usando ChatGPT pra revisar contrato ou automatizar minuta em 2 cliques.
🤖 O que explorar: prompt engineering, no-code, plataformas de automação jurídica.
🚫 O que abandonar: apego à caneta azul e ao Word com 28 versões do mesmo contrato.
💡 Dica: comece pequeno — o Excel da planilha de prazos já pode dar lugar a algo mais inteligente.
3. Soft skills duras na queda
Você já viu um parecer perfeito que ninguém lê? Pois é. Em 2025, o jogo é outro: quem se comunica bem, ouve, negocia e constrói pontes, brilha.
🗣️ O que treinar: escuta ativa, linguagem acessível, gestão de conflitos.
🚫 O que largar: o e-mail de 20 linhas com zero clareza.
✨ A virada: ser o jurídico que fala a língua do negócio — e não o contrário.
4. Compliance, LGPD e o famoso “vai dar ruim”
Se tem um campo que não dá pra brincar, é o da conformidade. A LGPD tá deixando de ser “pro forma” e começando a bater na porta — com multas reais e impactos reputacionais grandes.
🕵️♀️ O que acompanhar: jurisprudência da ANPD, guias de boas práticas, casos de enforcement.
🚫 O que largar: aquela política de privacidade genérica copiada da internet.
⚠️ Lembrete: compliance não é moda — é sobrevivência institucional.
5. Cuidar da mente pra não dar pane no sistema
Vamos ser sinceros: o burnout jurídico é real. E a gente só vai conseguir sustentar esse ritmo (e esse impacto) se também cuidar da nossa saúde mental e estabelecer limites.
🧘 O que priorizar: pausas, apoio, rede de confiança.
🚫 O que largar de mão: romantização da exaustão.
💬 Lição: ser jurídico de alta performance não é sobre se acabar — é sobre ser estratégico com energia e presença.
✍️ Pra fechar o café:
Não tem fórmula mágica, mas tem caminho. Em um cenário cada vez mais incerto, quem navega melhor é quem entende de gente, de negócio e de impacto. O Direito segue importante — mas o como você pratica faz toda a diferença.
Me conta lá na comunidade do WhatsApp: qual dessas tendências já chegou pra você?
E se quiser que eu aprofunde um desses temas nas próximas edições, é só dizer.
FL360
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🧠 Gepeto Law
Seu ateliê de eficiência com IA generativa
Você piscou e o ChatGPT virou artista.
Na nova atualização do GPT-4o, a OpenAI não só entende comandos complexos, como também cria imagens com uma estética que faria até o Gepeto soltar um “uau” — ou, no mínimo, pedir um advogado.
A brincadeira com o nome da seção é proposital. Se antes era preciso muito tempo, madeira e mágica para transformar um boneco em “quase gente”, agora basta um prompt do tipo “faça no estilo Ghibli” para que a IA gere algo encantador — e, ao mesmo tempo, juridicamente inquietante.
Por quê?
Porque a fronteira entre inovação e apropriação nunca foi tão tênue. E, convenhamos, a IA está cada vez mais habilidosa em emular o que antes era inimitável: o toque humano da arte.
Com a nova função de geração e edição de imagens no estilo de grandes estúdios, artistas e tendências, surgem debates que não podem ser ignorados:
🎨 Onde termina a homenagem e começa a cópia?
📜 Até que ponto o estilo pode ser replicado sem violar direitos?
💰 E se o sistema aprende com base em um banco de obras protegidas, quem recebe por isso?
Essa avalanche de possibilidades está revolucionando o mercado criativo, sim — mas também colocando os direitos autorais para correr atrás de um trem-bala digital.
O que vemos é a IA não apenas como ferramenta de apoio à criação, mas como uma entidade produtora de conteúdo, treinada em obras alheias, agora devolvendo versões remixadas de estilos icônicos sem pedir licença, nem desculpa.
E mais: a “moda” das imagens geradas no estilo Ghibli pode ser só a primeira onda. A cada nova atualização, mais estilos serão replicáveis. Mais tendências visuais vão virar "promptáveis". E mais artistas — vivos ou não — verão sua estética ser engolida por algoritmos com apetite infinito.
A questão não é ser contra o avanço. Mas sim perguntar:
“Quem é o Gepeto da vez? E quem está virando marionete?”
Para refletir:
Quem está realmente no comando do processo criativo?
Quem decide o que será feito, com base em quê e para quem?
Quem está por trás do código que desenha, escreve, compõe?
Na ponta do lápis, o que está em jogo não é só uma estética... mas o futuro da criação artística em um mundo onde o código (quase) desenha sozinho.
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Cases
✍️ FL Business Review
Cases e Insights para aplicar desde já
✈️ Case Infraero — Quando a administração pública vira referência de eficiência
Em um cenário onde o setor público costuma ser associado a burocracia, lentidão e baixa inovação, a Infraero fez diferente. Fez melhor. Fez história.
Tudo começou com uma pergunta inquietante:
“E se o jurídico da Infraero pudesse ser, não apenas um centro de resposta, mas um motor de inteligência, estratégia e eficiência dentro da empresa?”
Essa inquietação não ficou na gaveta. Ela virou plano. E o plano virou ação.
O time jurídico enfrentava desafios conhecidos de qualquer setor público ou corporativo:
-Volume altíssimo de processos.
-Metas difusas.
-Falta de clareza sobre o impacto das entregas.
-Engajamento comprometido.
Era como se todo mundo estivesse se esforçando — mas cada um numa direção diferente. O talento existia, mas faltava bússola.
🎯 O que foi feito?
A Infraero implantou um sistema de planejamento estratégico jurídico baseado em metas e OKRs, integrando a atuação contenciosa e consultiva do setor jurídico com foco em eficiência real, mensurável e engajadora.
💰 Resultados financeiros
Redução de aproximadamente R$ 40 milhões em valores provisionados.
Diminuição significativa de apólices vencidas e ações sem movimentação.
Ganhos concretos em revisão de passivos, otimizando o caixa da empresa pública.
⚙️ Resultados operacionais
Mais processos despachados, mais baixas processuais e menos estoque morto.
Time engajado, metas claras, desempenho melhor monitorado.
Criação de um ciclo de pertencimento, onde cada membro sabia exatamente qual era seu papel no resultado da empresa.
OKRs para times jurídicos (que funcionam na vida real)
1. 🎯 Comece com um “O” inspirador
O Objective precisa ser claro, motivador e qualitativo. Ele deve responder: onde queremos chegar?
👉 Exemplos bons:
“Transformar o jurídico em parceiro estratégico da organização.”
“Elevar o padrão técnico e operacional das nossas petições.”
“Reduzir o passivo judicial com inteligência e estratégia.”
Evite objetivos genéricos demais tipo: “Melhorar resultados” ou “Atuar com excelência”. Soa bonito, mas não engaja ninguém.
2. 📏 Defina KRs mensuráveis (de verdade!)
Key Results são os indicadores que mostram se você está alcançando o objetivo. Têm que ser numéricos, específicos e ambiciosos na medida.
👉 Exemplos:
Reduzir em 30% os valores provisionados nos processos até dezembro.
Revisar 100% das apólices vencidas até o fim do trimestre.
Aumentar em 40% o número de petições iniciais com decisão favorável.
Realizar 3 workshops internos de capacitação técnica até junho.
3. 🧠 Desdobre os OKRs de forma inteligente
Não adianta ter um OKR “top-down” bonito se ele não conversa com a rotina de quem tá na linha de frente.
💡 Dica de ouro:
Crie OKRs em cascata, conectando o macro (da diretoria) com o micro (de cada equipe ou pessoa).
Por exemplo:
OKR da área: “Reduzir o passivo trabalhista.”
OKR do analista: “Analisar 15 processos de possível acordo por mês.”
4. 🤝 Inclua o time na construção
Gente engajada é gente que participa.
Chama a equipe para pensar junto. Mostra o impacto real que eles têm no todo. A cultura de OKRs não é de cobrança, é de colaboração e foco.
“Você não é mais um número. Você é parte do resultado.”
5. 🧘♀️ Menos é mais: foque em poucos OKRs por ciclo
Evite a tentação de criar uma lista infinita.
📌 Ideal:
1 a 3 Objetivos por trimestre.
2 a 4 Key Results por Objetivo.
Qualidade > quantidade. OKR bom é o que move o ponteiro, não o que enfeita planilha.
6. 📊 Monitore, revise, comemore
Crie rituais leves de acompanhamento:
Check-ins quinzenais.
Reuniões rápidas de avaliação.
Reconhecimento público de conquistas.
Nada de criar OKR em janeiro e só lembrar no fim do ano. OKR é ferramenta viva.
7. 🌱 Lembre-se: o processo educa mais do que o resultado
Mesmo que uma meta não seja alcançada, o processo de olhar para os indicadores, corrigir o rumo e evoluir o time já é um ganho imenso.
OKRs não são sobre atingir 100% sempre. São sobre aprender, crescer e alinhar propósito com entrega.
News
🇧🇷 🌍 Lex Power
O que está em pauta no Brasil e no Mundo?
#1 🌡️ Termômetro do Medo e Crashes das Bolsas: A guerra comercial entre EUA e China levou a quedas históricas nos mercados asiáticos e europeus, remetendo a crises financeiras passadas como a pandemia de Covid-19 e a crise de 2008
#2 👻 IA e Direitos Autorais: Discussões sobre o uso de inteligência artificial em relação aos direitos autorais estão em pauta, com casos como o Studio Ghibli servindo de exemplo para a análise dos limites legais.
#3 👨🏻⚖️ Juiz Aposentado Denunciado por Uso de Identidade Falsa: Um juiz aposentado do TJSP foi denunciado por usar uma identidade falsa como "Edward Albert Lancelot Canterbury Wickfield" durante 45 anos. Ele se apresentava como descendente da nobreza britânica e utilizou essa identidade para cursar Direito na USP e se tornar juiz em 1995.
#4 🏦 Riscos e Conexões Políticas: O Banco Master, controlado por Daniel Vorcaro, chegou a um acordo para ser comprado pelo Banco de Brasília (BRB). Há preocupações sobre o risco de precatórios e a capacidade do BRB de honrar os compromissos do Master. Vorcaro tem conexões políticas significativas, incluindo relações com figuras como o senador Ciro Nogueira e o ministro Ricardo Lewandowski.
🗓️ Agenda: Conectando e Aprendendo
As melhores oportunidades para ampliar seu conhecimento e seu networking
“Metodologias Ágeis: Gestão no Jurídico” — aprenda a aplicar Lean, Design Thinking, Scrum e IA para transformar sua rotina jurídica com mais eficiência e menos burocracia. Inclui ferramentas, cases reais, atividades práticas e workshop exclusivo.
Modalidade: Online e Ao Vivo
“Direito da Concorrência na Era Digital” — entenda os impactos da inovação, ESG e tecnologia no mercado concorrencial com casos práticos, decisões do CADE e visão global. Ideal para quem quer atuar estrategicamente frente aos desafios regulatórios atuais.
Modalidade: Online e Ao Vivo
“Governança de Dados, BI e IA” — aprenda a estruturar e gerenciar programas de governança de dados que garantem privacidade, impulsionam BI e viabilizam soluções de IA.
Modalidade: Online e Ao Vivo
🎬 Sessão Edutainment
(para aprender e se entreter 🍸)
🎬 Na sessão de hoje, recomendamos “Anatomia de uma Queda”, vencedor da Palma de Ouro em Cannes, disponível na Amazon Prime. Mais do que um drama judicial: é um mergulho profundo nas fissuras de uma relação. Ao investigar a morte de Samuel, a diretora Justine Triet nos conduz por uma narrativa tensa e ambígua, onde a dúvida nunca se desfaz. Com atuações marcantes — em especial a de Sandra Hüller — e um roteiro que transborda complexidade emocional, o filme questiona as certezas do amor, da verdade e da justiça. Para quem atua no Direito, é impossível sair ileso.
📚 Law Reads da Semana
Transformação Jurídica: Criatividade é comportamento... Inovação é processo - Editora Saraiva Jur
Mais que um livro — este é um chamado para repensar o papel da criatividade no Direito. Com textos de especialistas e cases inspiradores, a obra mostra como profissionais jurídicos estão inovando de verdade em meio à transformação digital e cultural. Leitura essencial para quem quer romper padrões, engajar times e transformar ideias em ação. Uma jornada entre comportamento criativo e método inovador.
📖Open Lex
A curadoria dos melhores textos e materiais(jurídicos) gratuitos para ampliar seu repertório.
🧠 Leitura recomendada na interseção entre Direito, saúde mental e gestão de riscos: no artigo “A nova NR-1 e o impacto dos transtornos mentais no mercado de trabalho e na economia”, Cintia M. Ramos Falcão, referência em Regulação Financeira apresenta, com detalhes, o que muda com a atualização da NR-1 a partir de maio de 2025. O texto traz dados impressionantes, impactos financeiros e os deveres das empresas frente ao aumento de afastamentos por transtornos mentais. Leitura essencial para quem atua com compliance, direito do trabalho ou gestão de pessoas.
📎 Acesse o artigo completo aqui
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🌟 Olá! Sou Tayná Carneiro, Co-CEO da Future Law, professora, doutoranda e mestre em Direito, apaixonada por conectar inovação e estratégia ao universo jurídico. Compartilho ideias e projetos que inspiram profissionais e fortalecem organizações no setor .
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